UMA EXISTÊNCIA,
O FRUTO DO GOZO
DO MACHO E DA FÊMEA.
A NATUREZA NÃO TEM,
DE MANEIRA ALGUMA,
A PROCRIAÇÃO COMO FINALIDADE.
O MUNDO NÃO CARECE DE
MAIS UM SER PENSANTE.
MAS, MESMO ASSIM,
SE CRIA AFETO
PELO FETO.
E DEPOIS QUE APRENDEMOS
A ANDAR E NOS ALIMENTAR SOZINHOS,
DEIXAMOS DE RECONHECER
OS AUTORES DE NOSSOS DIAS.
UMA SERENIDADE INTENSA FARIA BEM,
MAS A NÁUSEA É MEU ESTADO NORMAL.
AO INVÉS DA TERNURA, UM TÉDIO PROFUNDO.
O TÉDIO DA EXISTÊNCIA,
A ANGÚSTIA DE SABER QUE SOU...
NADA. EXISTIDA.
Luiza Pontes
O FRUTO DO GOZO
DO MACHO E DA FÊMEA.
A NATUREZA NÃO TEM,
DE MANEIRA ALGUMA,
A PROCRIAÇÃO COMO FINALIDADE.
O MUNDO NÃO CARECE DE
MAIS UM SER PENSANTE.
MAS, MESMO ASSIM,
SE CRIA AFETO
PELO FETO.
E DEPOIS QUE APRENDEMOS
A ANDAR E NOS ALIMENTAR SOZINHOS,
DEIXAMOS DE RECONHECER
OS AUTORES DE NOSSOS DIAS.
UMA SERENIDADE INTENSA FARIA BEM,
MAS A NÁUSEA É MEU ESTADO NORMAL.
AO INVÉS DA TERNURA, UM TÉDIO PROFUNDO.
O TÉDIO DA EXISTÊNCIA,
A ANGÚSTIA DE SABER QUE SOU...
NADA. EXISTIDA.
Luiza Pontes
Leve, mas com uma pesada angustia...
ResponderExcluirLinda, Jéssica, linda essa poesia.
Abrilhantada com um existencialismo sutil. Suas palavras vão descendo brutal e vagarosamente, como um parto, trazendo dor até o fim, mas deixando-a cessar (ou não) até esgotar-se no vazio. Fenomenal.
ResponderExcluirAhh!
ResponderExcluirGostei da nossa parceria na montagem dessa epifania. Como diria Jesus: "somos deuses", e ao mostrarmos toda nossa humanidade acabamos por nos revelar divinos. Amei as epifanias, amigos. Espero q revele-mo-nos cada vez mais e q a divindade esteja sempre presente na nossa caminhada pela senda árida dos mortais.
Um cheiro com cheiro de incenso, q é a fumacinha própria da mística (rsrsrs).
Amo vcs.
Valeu, juninho, meu parceiro!!!
ResponderExcluirAmo vocês, meus amores...
Vcs falam muito bem do fardo que é viver...
ResponderExcluircara! muito massa!
ResponderExcluirmas é isso mesmo! agente tende a querer significar muito as coisas e não vemos que na verdade o tudo é nada!
me lembra muito o que o Pondé fala sobre a vida como uma tragédia, sobre agente querer significar as coisas, quando o caminho da menor infelicidade é aceitar a tragédia e jogar com ela!
muito bom, jéssica! muito meeeeesmo!
Só por que eu li isto, esta noite vou ler o Soren Kierkegaard. Linda poesia!!!
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