sexta-feira, 9 de setembro de 2011



Da janela vejo o corpo
 Que se estende no espaço, em vívida vida,
Tão completo, tão completamente,
Que o corar de seu rosto cala a tristeza,
E o olhar, atento, vê a eternidade soprar-lhe...
Distraio-me, olho ao canto, vazio,
No sussurro do passar do vento;
Retorno os olhos à janela e passou,
Correu como quem vê distante o tempo,
Passou e vagou a rua, num silêncio marmorial,
Soprando a eternidade em minhas lembranças
E dói-me, deus, profundamente o coração.


Paulo Antônio.

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