segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Um "Q" de Kahlo


Em dias de solidão,
quando a realidade se dá
nua e crua,
é possível notar:
aquilo que te mantém vivo
é também o que te mata.

E não se sabe quão melhor é
casar-se consigo
do que ter de doar-se a
indivíduo tão insuportavelmente
sincero.

Deixa-me, razão...
Sofrer de amor é mais fácil.

4 comentários:

  1. *Apêndice:

    ''Origem das duas Fridas. Recordação. Devia ter 6 anos quando vivi intensamente a amizade imaginária com uma menina de minha idade. (...) Não me lembro de sua imagem, nem de sua cor. Porém sei que era alegre e ria muito. Sem sons. Era ágil e dançava como se não tivesse nenhum peso. Eu a seguia em todos os seus movimentos e contava para ela, enquanto ela dançava, meus problemas secretos. Quais? Não me lembro. Porém ela sabia, por minha voz, de todas as minhas coisas...''

    Diário de Kahlo, sobre a tela As Duas Fridas.

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  2. Muito booOm!
    Observando e ouvindo histórias, fico às vezes a me perguntar... o que dura mais numa relação? Paixão, Amor ou Ódio??? rsss... Sei não!

    Gostei principalmente disso: "aquilo que te mantém vivo é também o que te mata"...

    Muito boooOm!!

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  3. Pois é, Neta querida!
    Uma vez mestre Freud disse: "Cães amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que são incapazes de sentir amor puro e têm sempre que misturar amor e ódio em suas relações". Concordo com ele. E nós não estamos fora disto que Freud notou... nem o próprio Freud escapa. Vai ver é da natureza suja do bicho homem.
    Um bicho desprovido de razão consegue ser puro e nós não!
    Por isso que peço aí pra essa tal razão me deixar...

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